Essa pergunta é feita constantemente por aqueles que estão desejosos por começar um empreendimento.
Outra questão semelhante é para quem já tem um empreendimento físico e está na dúvida se deveriam expandir para um e-commerce.
Se você chegou até aqui, provavelmente tem essas questões em mente.
Desafios do empreendedor
O avanço tecnológico desde a revolução industrial até a invenção da internet mudou muito a relação de consumo.
Cada vez mais os consumidores estão mais exigentes, com diversas opções disponibilizadas pelo mercado, o cliente hoje é quase um rei.
Então para conseguir sucesso nessa caminhada, qualquer empreendedor precisa entender os desafios dos nossos tempos que vão além da relação com os clientes.
- Concorrência acirrada
- Instabilidade financeira do país
- Burocracia estatal
Há muitos outros desafios que acompanham a vida de qualquer empreendedor brasileiro, seja ele dono de um comércio no centro da cidade ou do novo e-commerce de tecnologia.
Vantagens do E-commerce
Hoje passamos muito mais tempo na internet do que no Shopping, então já conseguimos ver uma grande vantagem do e-commerce diante do mundo conectado que vivemos.
As principais vantagens de uma loja virtual são:
- Baixo investimento inicial;
- Alto poder de alcance;
- Custo operacional;
- Fácil acesso do empreendedor;
- Facilidade de compra.
Imagina que você tem um comércio no centro da cidade, o fluxo de pessoas é muito alto, mas existem horários de picos e restrições do seu alcance.
A dispersão também é muito mais, pois nem todo mundo que passa na calçada do seu comércio faz parte do seu target.
Todas essas desvantagens que o empreendedor tradicional tem, não há para o e-commerce.
Não precisará pagar aluguel, luz, água, internet e muito menos arrumar e limpar a vitrine toda hora do seu negócio.
Isso não significa que não seja preciso se empenhar e muito para conseguir sucesso no mundo virtual.
Desvantagens do e-commerce
As desvantagens são principalmente para o consumidor que resulta na desvantagem para o empreendedor.
- Impessoalidade;
- Muitos bens não podem ser comprados online;
- Não haver experimentação antes de efetuar a compra;
- Possíveis atrasos na mercadoria;
- Qualquer um pode criar um site de comércio eletrônico.
Alguns desses problemas podem até ser driblados por exímios profissionais, aqueles que estão sempre em busca da perfeição.
A impessoalidade pode ser contornada quando a vitrina da loja virtual transparece um relacionamento mais humano, com quando tem um chat respondido em tempo real.
Enquanto alguns desafios podem ser superados através da sagacidade do empresário, outros não são tão fáceis de resolver.
A concorrência no âmbito online não para de crescer, puxando os preços para baixo e o lucro também. Além do perfil de cada comprador ser diferente e também restringir determinados negócios virtuais.
Vantagens do negócio físico
O erro de muitos gurus da internet é depreciar um negócio físico, gritando aos quatro cantos do globo que eles estão com os dias contados.
O comércio local jamais vai acabar, ele pode se adaptar, mas jamais vai acabar, isso precisa ficar claro para todo mundo. Isso se deve às suas vantagens que estão intrinsecamente ao gênero humano.
- Pessoalidade
- Ponto físico
- Maior durabilidade
- Maior probabilidade de fidelização
A fidelidade aos e-commerce está relacionada aos preços, as pessoas sempre estão em busca do mais barato.
Todos os dias Amazon, Americanas, Submarino, Magazine Luíza e diversos outros sites disputam entre palavras-chave para conseguir realizar a venda.
Diariamente, consumidores ponderam entre essas empresas na escolha de um produto, em busca do mais barato.
Agora, quando falamos num negócio físico, eu não conheço ninguém que faça uma grande lista de barbeiros antes de cortar o cabelo. A fidelidade desse ramo é altíssima, basta o cliente gostar do atendimento e do corte.
Eu sei que o ramo da barbearia é ímpar, mas ainda assim serve como um exemplo bem lúcido de que o comércio local não vai acabar.
O mesmo ocorre com padarias, lojas de roupas e pets shop, a pessoalidade, ou seja, um bom relacionamento com a clientela e o ponto físico são fundamentais para a fidelização.
A instabilidade do e-commerce e a alta concorrência facilitam os empreendimentos virtuais terem vidas curtas, com uma taxa de falência que passa dos 80%.
Desvantagens do negócio físico
A desvantagem já começa com a concorrência do negócio digital, porque enquanto você deve convencer seu público de sair de casa para ir até sua loja, o e-commerce realiza a venda com um clique.
É ser um fora do mundo não perceber que as lojas sentiram e muito a disputam com as lojas virtuais, ainda mais em tempos de crise econômica.
As desvantagens são:
- Investimento alto;
- Custo operacional elevado;
- Encargos tributários e sociais;
- Burocracia.
Arrisco-me a dizer que este é um dos motivos que muitas lojas fecham, além, é claro, de uma péssima gestão de marketing.
O sistema brasileiro sufoca quem produz, isso é inegável. Os empreendedores digitais conseguem algum fôlego por conta de ser um ramo muito novo.
Quem sofre são os comerciantes locais com altíssimos impostos, burocracia, aluguel, água, luz, internet e muito mais.
Ao ver essa realidade muitas pessoas fogem de abrir um negócio local por medo da falência e das possíveis dívidas.
Qual caminho seguir? Siga o caminho da convergência
Você não precisa seguir um caminho em detrimento de outro, é possível trilhar ambos.
Muitos gurus falam e falam dos lucros absurdos conseguidos na internet e menosprezando o comerciante local, só que isso é falacioso e, lógico, completamente desnecessário.
Como Jenkins já dizia, o caminho das empresas e do consumidor é o caminho da convergência.
A velha ideia de convergir era que todos os produtos iriam acabar e as pessoas teriam um aparelho universal que faria tudo, mas não é isso que realmente está acontecendo na sociedade.
Na realidade, enquanto os hardwares estão divergindo, o conteúdo está convergindo.
As pessoas não deixaram de ler livros físicos para ler apenas os digitas, apenas o modo de ler mudou.
O público ainda continua a se interessar por livros, com o comportamento de compra diferente, por causa da diversidade, agora é possível não apenas ler no livro físico, mas também no kindle, tablet e celulares.
Vamos a um exemplo concreto, você não precisa pensar em apenas abrir uma livraria online ou física, é ideal investir em ambos.
Caso não tenha capacidade financeira, pode começar com o e-commerce e depois abrir uma livraria ou vice-versa.
Ainda que tenha foco online, a gigante Amazon dos EUA já abriu uma loja física em 2018.
A ideia é convergir colocando seus produtos em diversos meios e canais entendendo as características e peculiaridades de cada um.
É muito mais trabalhoso, pois você não poderá replicar algo que está dando certo na sua loja física para o seu e-commerce. É preciso rever qual público será atendido online e físico, regiões e estratégias.
Dê o primeiro passo
Poucas empresas têm o poder aquisitivo da Amazon, Americanas e Magazine Luíza.
O importante é dar o primeiro passo, analise as vantagens e desvantagens e abre o seu negócio, seja ele físico ou online.